Latas de Alumínio vs Garrafas Plásticas

O primeiro contato com o cliente se dá pela embalagem, sendo um dos veículos primordiais de convencimento e apelo visual para alavancar qualquer negócio. Existem diversas opções, e cada uma se diferencia pela forma que o produto é entregue ao cliente. Alguns exemplos comuns são as garrafas plásticas e as latas de alumínio.

Já mostramos em artigos anteriores as tendências na produção de embalagens e os tipos, modelos e impactos que podem causar. Mas ainda não falamos especificamente sobre quais fatores ambientais são mais afetados pela utilização de latas de alumínio. E também a diferença para os impactos das garrafas plásticas, será que são menores? E quais são os elementos que fortalecem o seu uso? Existem contraindicações?

Garrafas Plásticas

white plastic bottle lot

As garrafas plásticas são as embalagens mais comum de se acondicionar uma bebida em qualquer parte do mundo. Suas vantagens em torno da produção,  matérias primas, custos de operação e mão de obra justificam sua permanência como alternativa. Entretanto,  quando evidenciou-se a existência de um marketing negativo na utilização de garrafas plásticas, começou a se criar um grande debate sobre o assunto. O impacto causado por essas embalagens pode ser 100% neutralizado pela troca de material, mas será que nada além disso será prejudicado?

Pode-se dizer que não. Outras variáveis dentro do tema ambiental aparecem, como maiores emissões de carbono e gases de efeito estufa. Além de incontáveis empresas e marcas terem criado seu mercado seguindo processos e adotando formas alternativas que valorizam e incrementam ainda mais a identificação do público. 

Problemática dos plásticos

Alguns impactos que os plásticos causam são o aumento da quantidade de lixo nos aterros e da poluição urbana. De acordo com o Plano Nacional de Resíduos Sólidos, 13,5% dos resíduos sólidos urbanos do Brasil são correspondentes a plásticos. Ademais, a forma de extração das matérias primas são altamente poluidoras. Como se sabe, o petróleo é a matéria prima majoritária para a produção dos plásticos, e em sua extração, são lançados à atmosfera átomos de carbono, que formam gás carbônico, um gás estufa. 

Além disso, sua estabilidade estrutural lhe garante alta durabilidade, o que o torna resistente a diversos tipos de degradação. É por esse motivo pelo qual os plásticos demoram mais de 400 anos para se decompor no meio ambiente, gerando os microplásticos como subproduto. Esses microplásticos possuem tamanhos muito pequenos, que podem até mesmo entrar no corpo humano pelas vias respiratórias. 

Latas de Alumínio

two yellow and silver can

Diante de uma imagem negativa gerada pelas garrafas plásticas, a lata de alumínio surge como uma opção e um caminho para a diminuição no acúmulo de plásticos no meio ambiente. Ele cumpre bem suas funções enquanto embalagem, pois é leve e capaz de criar uma barreira entre os gases e a radiação luminosa. Sua porcentagem de utilização cresceu bastante nos últimos anos, além da alta taxa de reciclagem em 2016 (97,7%).  

Problemática do alumínio 

O maior problema enfrentado pelas indústrias é a corrosão da embalagem, que ocorre quando elas são submetidas a temperaturas mais elevadas, como por exemplo, em estações mais quente durante o ano.

Com relação a sua produção, a extração da bauxita gera gases poluentes, como o gás carbônico e os perfluorcarbonetos (PFCs). A frequente emissão desses gases na atmosfera contribui para o aumento do efeito estufa e intensificação do processo de aquecimento global. É importante ressaltar que os gases PFCs  apresentam um potencial estufa muito do que o gás carbônico. 

Além desses, existem impactos na extração do minério que podem contaminar solos e produzir a “lama vermelha”, resíduo insolúvel gerado que pode causar queimaduras ao entrar em contato com a pele.

Casos de Migração

Migração é a transferência de componentes do material em contato com alimentos, devido a fenômenos físicos e químicos, segundo a RDC Nº 91 de 2001 da ANVISA. Estes migrantes são considerados aditivos acidentais e podem acarretar na contaminação dos produtos acondicionados. Essa é uma questão de saúde pública, por isso existem regulações que apresentam as quantidades e substâncias autorizadas.

Nas latas de alumínio, por exemplo, a migração pode ocorrer devido à corrosão, enquanto nos plásticos ocorre uma transferência de massa dos monômeros para o produto em contato.

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