A tecnologia pode roubar meu emprego?

 por Fernando Costa, Ex- Diretor de Marketing e Vendas da Legado Consultoria Jr.

A tecnologia vem mudando radicalmente nosso modo de trabalhar. Seja pela automação de tarefas repetitivas, pela forma como nos comunicamos ou pela acessibilidade a informações na distância de um clique.

Antigamente, era comum que uma pessoa se formasse numa universidade, ou mesmo no ensino médio, entregasse seu currículo em grandes empresas, fosse contratada e fizesse sua carreira naquela companhia. Assim, a maioria dos empregados passava a vida inteira em apenas uma instituição e crescia de forma vertical, ou seja, o tempo de instituição era fator crucial para ascensão de cargos.

Bem como, no século passado, trabalho estável era prestar concurso público para o Banco do Brasil ou Petrobrás e ir progredindo de cargos até se aposentar.

Porém, nos últimos anos, esse cenário vem sendo alterado drasticamente. Tudo caminha para as máquinas assumindo grande parte dos trabalhos que conhecemos hoje (mas calma, não falarei de distopias como Metrópolis e Matrix aqui!) e uma flexibilização na jornada de trabalho.

Como seria o mundo sem trabalho?

Economista Andrew McAfee.

No TED “What will future jobs look like?”, Andrew McAfee debate sobre as principais mudanças e rupturas que a tecnologia vem trazendo para nossa sociedade. Aqui, tomei a liberdade de usar partes de seu discurso.

Em um futuro não muito distante, haverá carros automatizados pelas ruas, provavelmente dispensando caminhoneiros de seus trabalhos. Poderemos unir a Siri com a Watson e automatizar grande parte do trabalho que é feito por representantes de atendimento ao cliente. Já estamos pegando nossos próprios R2-D2 e utilizando eles para carregar prateleiras em depósitos, diminuindo drasticamente a quantidade de pessoas pelos corredores.

Nos últimos 200 anos, estamos discutindo este mesmo tópico: “a era do desemprego tecnológico está chegando”. Começando pelos Luditas que destruíam teares na Grã Bretanha do século XIX com o receio de que a Revolução Industrial traria uma série de desempregos e destruiria a economia.

O que, como sabemos, acabou não ocorrendo e nunca estivemos tão próximos do emprego total quanto agora! Entretanto, o momento que vivemos pode ser diferente!

Nos últimos anos, nossas máquinas vêm se desenvolvendo não apenas mecanicamente, mas também em sua “inteligência”. Conseguindo realizar tarefas que durante muitos anos foram realizadas por humanos.

Estamos próximos ao Matrix, então? Acredito que não. Mas certamente precisamos repensar a forma como normalmente pensamos em trabalho.

Os fatos mostram que as máquinas ocuparão grande parte do trabalho mecânico e repetitivo que realizamos atualmente. No entanto, vejo isso como uma oportunidade para focarmos no que o ser humano faz de melhor: ser criativo!

Isso abre portas para inventores, artistas, músicos, advogados, médicos, engenheiros e, no fundo, qualquer ser humano, focar em criar soluções para o mundo em que vivemos. Abre portas para nos expressarmos como seres humanos completos!

Tudo bem, ainda falta muito para isso. E o meu concurso na Petrobrás?

Se você ainda acha o cenário descrito anteriormente muito distante, vamos falar do que já está acontecendo agora!

As relações de trabalho vêm se alterando nos últimos anos, e uma das principais razões para isso é a transformação na forma como nos comunicamos.

 

A nova geração, que ocupará os cargos de chefia nos próximos anos, tem facilidade para lidar com a cooperação, agilidade e tecnologia”, diz o consultor e Coach Executivo Carlos Cruz. E, como o mercado de trabalho será influenciado por essa geração, chamada de geração Y, ele terá características diferenciadas como: horários flexíveis, mais gente trabalhando em casa e menos burocracia.

Para lidar com o mercado daqui a algum tempo, é necessário ter jogo de cintura. O consultor sugere que, em primeiro lugar, as pessoas invistam no autoconhecimento. “É bom parar para refletir sobre nossos passos na vida profissional, levantar conquistas e necessidades e avaliar o que pode ser melhorado”.

O especialista também comenta 3 outros pontos:

  • “Não teremos mais de cumprir horários rígidos e o que vai nos governar é a nossa própria responsabilidade. Cada indivíduo será chefe de si próprio e, por isso, deverá saber se auto disciplinar.”;
  • “Esqueça os valores fixos pagos mês a mês e aprenda a negociar uma remuneração por trabalhos realizados.”;
  • “Reflita sobre a sua realidade hoje e faça as escolhas profissionais baseadas em seus valores, ou seja, com o que realmente importa para você. Afinal de contas, as novas tecnologias vão ampliar ainda mais as possibilidades de trabalhar ao redor do globo, em qualquer hora”;

Portanto, seja pelas máquinas realizarem grande parte dos trabalhos repetitivos como conhecemos atualmente e nos permitir sermos mais criativos; ou pela mudança nas relações interpessoais e ambientes de trabalho, desenvolva-se como um todo!

Estimule sua criatividade, seja flexível e saiba se adaptar ao ambiente!

Conheça-se e saiba fazer seu marketing pessoal como ninguém, porque uma coisa é verdade: a tecnologia já alterou nossa forma de trabalhar e quem perceber essas mudanças agora, sairá em vantagem!

E você, acha que o mercado de trabalho realmente mudou? No mínimo, vale um debate e reflexão. Comente aqui o que você acha!

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2 COMENTÁRIOS

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Manuela Reaes

Geniais comparações a filmes que mostravam realidades que estavam, antes, muito distantes da nossa atual!! É fundamental ter esse guia em mente: precisamos saber nos adaptar ao que vem por ai e parar de julgar esse futuro próximo e, ao invés, se preparar para ele!

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Gabriel De Jong

Dicas realmente importantes para o futuro profissional. Ingressar no mercado para querer competir com a máquina e perda de tempo, desempenho e dinheiro da empresa. Gostei dessa visão!
P.S.: TED <3

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